Monça

Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ofício: parar de tremer quando geme teu ânus



Saia deste aqui, do meio. Entre em cima de uma nunca poderosa veia, quebrando as mesas repletas de formigas teutônicas. Olhe para cima novamente. E mais uma vez. E mais uma vez. E mais uma vez. E mais uma vez. Olhos puxados para o fio de uma barba sedosa, ventania repugnante que arranca minhas melancias aquáticas apoiadas em meu pé.

Meu pé sobe e desce sobre seu ânus que dilacera seu chão alucinado. Doce é sua asquerosa língua que foi cortada com um machado quando disse a certeza de um nunca. Vamos então? Vamos sair, moça feia de pés nos olhos? Vamos deitar sobre os trilhos, sob uma passarela sobre os trilhos, sob os trens de paranóias corrompidas pelas ansiedades de tua comida.

Venha, do meio. Venha do meio mundo, do meio amarelo de pés pretos. Venha regozijar seu ânus em labaredas cremosas de estupendas facas cegas. Veja: colocar seu feto sobre o mármore em uma tela de vidro é como obstruir sua orelha na pata de uma lâmpada. Vingativa!

Remaremos para o buraco mais alto de um túmulo aceso, moribundo e suburbano. Remaremos com paus de brisa, com ventos acesos, acessando o suor de uma pele molhada e renitente. Então para que bençãos de ardor se sua puta parideira rema num mar doce de lágrimas gentis?

Fostes o mais iníquo de todos os grãos da poeira que vazou de suas sobrancelhas. Fostes a única puta decente que esfregou seus colhões por cima do céu frio de uma madrugada infernal. Portanto, podes agora (e para sempre) morrer afogado em seus singelos lençóis de urina e apanhar doído sem um ranger sequer. Negação é teu nome. Suma. Fuja. Deite. Morra. Morra! Pérfido criminoso! Veja ainda mais uma vez este algoz e morra! Lastime a nuvem sob seus lençóis enquanto são janelas de vidro. Em breve sua urina será lavada, seu ânus abençoado e tapado com a terra de suas raízes e eu comerei um filé enquanto arquejante, estico minhas meias ao sol de inverno.

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