Exercício de loucura casualmente metafórico. Abstração* verbal. Sintoma hemorrágico em mentes chafurdadas. *Operação intelectual por meio da qual se separam, apenas no pensamento, elementos ou aspectos de uma totalidade que não podem subsistir isoladamente.
Monça
Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.
-
Certa de que tocava, a mão da morena entrou como uma pata em cordas toscas, ajoelhou sobre a barriga de um violão logo depois que sangrou pe...
-
Negativa feia, asquerosa, indecente, cuspida. Velha suja, imunda, horrorosa. Traste inútil, deficiente. Verme, lixo, doença maligna. Asco ...
-
Aulas de loucura. Cuspes em minha genitália florida. Toscos pés lambidos por seu fétido irmão. És soberano sobre machos inteligentes e sen...
-
Deleitando meias loucas em pés únicos, desci melancólico por entre as roseiras renitentes enquanto um atordoado físico nuclear remava por en...
-
Estava eu sentado sobre uma parede de pregos, quando vi um pássaro quente cantar pra dentro. Olhei aquilo que saía debaixo de suas asas e, j...
-
Girafas, pernilongos, tamanduás e bailarinas ociosas permanecem a rodopiar sobre uma lata de soberbas águas doces. Deito as belezas em sem...
-
Para que tua ambição seja equivalente a uma determinada demanda, você tem que fazer o que uma sopa fria faria no rosto de uma vadia, ou seja...
-
Querendo ou não ser uma coisa como outra coisa, definhou um parafuso em contagens de porcas, arruelas e manifestações espasmódicas. Foi en...
-
Outro dia, parecendo assim que os gatos atravessariam o oceano, tive no ocaso da minha pia que chamava os lastros para quedarem quietos enqu...
-
Tenho que levantar daqui para que você vá longe, ande, cante, grite e volte a deitar, caído, morto. Desande logo tua alma, para que as bar...
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Ofício: parar de tremer quando geme teu ânus
Saia deste aqui, do meio. Entre em cima de uma nunca poderosa veia, quebrando as mesas repletas de formigas teutônicas. Olhe para cima novamente. E mais uma vez. E mais uma vez. E mais uma vez. E mais uma vez. Olhos puxados para o fio de uma barba sedosa, ventania repugnante que arranca minhas melancias aquáticas apoiadas em meu pé.
Meu pé sobe e desce sobre seu ânus que dilacera seu chão alucinado. Doce é sua asquerosa língua que foi cortada com um machado quando disse a certeza de um nunca. Vamos então? Vamos sair, moça feia de pés nos olhos? Vamos deitar sobre os trilhos, sob uma passarela sobre os trilhos, sob os trens de paranóias corrompidas pelas ansiedades de tua comida.
Venha, do meio. Venha do meio mundo, do meio amarelo de pés pretos. Venha regozijar seu ânus em labaredas cremosas de estupendas facas cegas. Veja: colocar seu feto sobre o mármore em uma tela de vidro é como obstruir sua orelha na pata de uma lâmpada. Vingativa!
Remaremos para o buraco mais alto de um túmulo aceso, moribundo e suburbano. Remaremos com paus de brisa, com ventos acesos, acessando o suor de uma pele molhada e renitente. Então para que bençãos de ardor se sua puta parideira rema num mar doce de lágrimas gentis?
Fostes o mais iníquo de todos os grãos da poeira que vazou de suas sobrancelhas. Fostes a única puta decente que esfregou seus colhões por cima do céu frio de uma madrugada infernal. Portanto, podes agora (e para sempre) morrer afogado em seus singelos lençóis de urina e apanhar doído sem um ranger sequer. Negação é teu nome. Suma. Fuja. Deite. Morra. Morra! Pérfido criminoso! Veja ainda mais uma vez este algoz e morra! Lastime a nuvem sob seus lençóis enquanto são janelas de vidro. Em breve sua urina será lavada, seu ânus abençoado e tapado com a terra de suas raízes e eu comerei um filé enquanto arquejante, estico minhas meias ao sol de inverno.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário