Exercício de loucura casualmente metafórico. Abstração* verbal. Sintoma hemorrágico em mentes chafurdadas. *Operação intelectual por meio da qual se separam, apenas no pensamento, elementos ou aspectos de uma totalidade que não podem subsistir isoladamente.
Monça
Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.
-
Certa de que tocava, a mão da morena entrou como uma pata em cordas toscas, ajoelhou sobre a barriga de um violão logo depois que sangrou pe...
-
Negativa feia, asquerosa, indecente, cuspida. Velha suja, imunda, horrorosa. Traste inútil, deficiente. Verme, lixo, doença maligna. Asco ...
-
Aulas de loucura. Cuspes em minha genitália florida. Toscos pés lambidos por seu fétido irmão. És soberano sobre machos inteligentes e sen...
-
Deleitando meias loucas em pés únicos, desci melancólico por entre as roseiras renitentes enquanto um atordoado físico nuclear remava por en...
-
Estava eu sentado sobre uma parede de pregos, quando vi um pássaro quente cantar pra dentro. Olhei aquilo que saía debaixo de suas asas e, j...
-
Girafas, pernilongos, tamanduás e bailarinas ociosas permanecem a rodopiar sobre uma lata de soberbas águas doces. Deito as belezas em sem...
-
Para que tua ambição seja equivalente a uma determinada demanda, você tem que fazer o que uma sopa fria faria no rosto de uma vadia, ou seja...
-
Querendo ou não ser uma coisa como outra coisa, definhou um parafuso em contagens de porcas, arruelas e manifestações espasmódicas. Foi en...
-
Outro dia, parecendo assim que os gatos atravessariam o oceano, tive no ocaso da minha pia que chamava os lastros para quedarem quietos enqu...
-
Tenho que levantar daqui para que você vá longe, ande, cante, grite e volte a deitar, caído, morto. Desande logo tua alma, para que as bar...
domingo, 5 de agosto de 2012
Mentiu, calçou a ventania e serviu ao orifício
Estava a garagem determinada a abrigar as loucuras de um pé descalço, quando levantou sua barba paralela e fincou sua velocidade numa esteira dividida por uma rede completa, na fazenda de meias.
Ajuda teve, claro. Reteve sua ânsia e causou a jogadora uma metáfora de círculos incompletos e onças pardas em rituais metafísicos. Talvez sacasse ante a lagarta, que sua mãe, genitora e avessa aos pais, derrubasse a música de suas andanças sobre duas ou mais vacinas. Como assim? Não pode por, trazer ou deixar por baixo algo tão determinante em cabeças enegrecidas por ventos debaixo do computador?! Mas ela foi assim mesmo. Espalmou um bagre sobre a pele fria de um colchão leitoso e dirimiu as vidraças gulosas, fazendo com que a absorção espasmódica engolisse suas largas e compridas arritmias.
Deduzi portanto, que nunca iria decifrá-la quem pensasse em decifrá-la desse modo tão humano. Chamei então os humanos indignos, exagerados e portentosos. Vieram lustres arremessados entre patas de insetos rasteiros. Exclamei!! Que tantas areias hão de chuparem antes que as vidas negras regrem suas virtudes? Exauri tudo que a língua podre expurgava enquanto perdia seus últimos tendões. Ela subtraiu a substância dos pés de linguiças esbranquiçadas, horrorosas âncoras flutuando em seios sem bicos e clamou:
- Vem arte primária! Vem debaixo desse calo endeusado por fagulhas descalçadas com águas geladas e ares escuros. Vem! Chama! Chama quem vem, que vem quem me chama e me ama, que ama quem chama, quem vem ou não vem. Vai!
Tenso e ordinário, fiquei a olhar o que saía da frente da velocidade tão alta de um ataque forte numa seleção ociosa. Errei, coloquei meu erro novamente no fundo e disse:
- Boas sãos sua reentrâncias quando pulam sobre asfalto gelado numa tarde de verão suportando rodas pequenas e ágeis! Pernas cativas equilibrando-se em quatro, sobre quatro multiplicado por dezessete. Oito são os mínimos e decisivos números após os quatros serem subtraídos de todos seus dados em rodas pequenas e ágeis.
Ela, devassa, surpreendentemente resoluta, urinou sobre o cadáver de uma pipa recém cortada, manejada por cerdas melindrosas que romperam uma atitude sobressalente e diluíram suas últimas sinfonias:
- Menos ou pior que tudo o que faça, o servilismo pungente de uma raça drogada é enfeitiçado. Malocas ardem enquanto índios desaparecem e você, febre estapafúrdia, defeca ocasiões por entre os pequenos reis desiludidos. Saia. Vá. Adeus.
Penei pelo que tinha em mãos. Amaldiçoei as pulgas ex-abençoadas e fui. Sereno e feliz, fui. Com apenas uma lição sob os nervos abandonados. Fui. E você, rato maníaco, não vai?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário